Há um galo com_fuso horário em terras africanas. Cacareja da meia-noite às
oito da manhã, e ninguém diz ao Senhor Galo que o horário está errado!
Baralha-me os
sonhos. Que desgraçado!
Os galos normais cantam ao nascer do Sol, lá para as cinco da
madrugada. Mas este galo tem a mania que é especial.
Deve ter pancada! Levou tantas bicadas naquela cabeça
de galinha, que ficou com o relógio avariado.
Não há um pinto ou uma galinha, capaz de uma boa acção, que acorde esta
alminha às horas certas para o cumprimento da sua nobre tarefa? Este é
certamente um galo que precisa de ajuda. É melhor levá-lo a um Psicógalo com urgência!
Porém, já ninguém lhe tira o mérito: é um grande galo, sim senhor! Tomara
muitos frangos terem tanta pedalada!
Canta horas a pio, seguidas. Às seis da madrugada está rouco. É quando
deixa de ser o Senhor Galo... e passa a ser o Tenor Galo! Já o tenho imaginado em
sonhos numa grande opereta, em que ele en_canta a assistência de galinhas e
depois as galanteia.
Tenho esperança ainda que encontre a sua galinha-metade, uma
galinha do campo ou uma mãe-galinha que lhe baixe a crista, e que cure este galã de uma vez por todas. Há-de
ficar uma pinta de galo!
Os meus sonhos é que andam trocados, graças ao galo que mora ao lado.
Às tantas acordo e nem sei a quantas ando! Ouço o galo a toda a hora.
Grande galo o meu!… ou melhor o da vizinha… que é muito melhor que o
meu!
Doida!
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